Ando
a ver um grande movimento contra o excesso de facilidades para as
crianças. Argumentam que antigamente elas tinham menos, e eram mais
educadas e responsáveis.
Dizem
que graças as “modernidades” os pequenos não se esforçam para
pensar.Mas vamos aos fatos:
São
deixadas na creche/babá aos 4 meses, ou antes.
Tem
que se adaptar a rotinas estressantes dos pais, alguns vêm os pais 1
a 2horas por dia antes de dormir.
Não
podem ir brincar à rua, se não, são atropelados, assaltados,
violados e etc..
Precisam ser
criativos, inventar brincadeiras sozinhos, ou com o pouco tempo que
os pais cansados tem para eles. Nem que seja no celular da mãe
ou no videogame.
Se
tentamos criar convívio, trazer um amiguinho para brincar,
conseguimos algumas horas por semana. Os pais do amiguinho também
tem vida corrida.
Claro que existem criança mais mimadas, mas já me parece que sejam minoria.
Nossos
filhos estão sendo educados pela escolinha, creche e pais cansados
de trabalhar.
E se deixam de trabalhar, e optam por ser mãe/pai a tempo inteiro, além de serem muito criticados, são tratadas como inúteis para a sociedade.E correm o risco de não ter todo o dinheiro para as contas no fim do mês.
Ainda
vos parece que as crianças, de hoje em dia, tem a vida facilitada?
Outro
argumento que utilizam é o sentimento de culpa, por parte dos pais,
que tentam compensar a ausencia com presentes.
Fatos:
Quanto dinheiro te sobra para comprar presentes e roupas?
Quanto dinheiro te sobra para comprar presentes e roupas?
Talvez
uma minoria nesse mundo ainda consiga mimar assim os filhos, mas em
geral, as famílias estão guardando a roupa do mais velho para o
mais novo.
E
vendendo os brinquedos que já não brincam, ou passando para os
primos.
Não
quero vitimizar as crianças e culpar pais. Temos a vida que temos, e
tentamos ao máximo cuidar dos nossos filhos. Com dificuldades, mas
com muito amor.
Nem
fácil, nem impossivel. Damos o nosso melho. O nosso melhor não é
perfeito, mas é sincero.
Mas
não crucifiquem as crianças, ou os pais, por o mundo estar
diferente. Todos, independente da idade e/ou “posição social”
temos uma parcela de culpa nas mudanças da sociedade.
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