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Perguntas e resposta sobre puxar ou não a pelinha do pênis do menino.

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1- Caro Dr. Hugo, o meu filho tem 21 meses e ao ser puxada a pele ficou com feridas e está saindo sangue. De momento queixa-se ao fazer xixi. Do seu post percebi que estas feridas ao cicatrizar podem originar perca de elasticidade, existe algum cuidado que possa ter agora para evitar ou diminuir esse dano? De momento, especificamente que desinfectante devo colocar? Desde já agradeço a sua ajuda.
RESPOSTA:
Em princípio não precisa de colocar nada, mas se ele estiver mais queixoso ou a pele ficar vermelha pode por um pouco de betadine. (no Brasil Curativ, iodopovidona)


2. Olá Dr. Levei meu filho de 1 ano e 9 meses na pediatra e ela percebeu que o pintinho dele ainda está muito colada, então ela quis descolar com uma pinça, eu pedi que esperasse um pouco mais, pois estou na duvida se esse procedimento é o mais correto. O que o Dr. me aconselha? Obrigada.
RESPOSTA:
Como o seu filho ainda é pequeno, tente apenas ir descolando a pele todos os dias no banho, sem forçar.
Vai ver que provavelmente consegue resolver a situação, sem ser muito invasivo.

3- Ola dr. Tenho 14 anos e a abertura da pelinha é muito pequena para ser puxada e quando eu puxo dói um pouco.
Como faço para puxar a pelinha sem doer??
RESPOSTA:
O ideal é tentares puxar a pele para trás todos os dias no banho, sempre com o cuidado de depois a puxares para a frente de novo.
Se mesmo assim não resolver, podes tentar colocar um pouco de uma pomada com cortisona, 1 vez por dia durante 10-15 dias, que vais ver que ajuda.


4- Dr. boa tarde. Meu bebe tem 2 anos. O pediatra pediu para fazer massagem para a pele do pênis ir soltando. Faço a massagem de 2 a 3 vezes na semana, durante o banho na banheira. Realmente a pele esta soltando aos poucos, mas também estou percebendo que ela está esticando, fazendo com que a pele fique em excesso. Isso é normal? O que é melhor, não fazer massagem para a pele não esticar e deixar colado por enquanto? Obrigado.
RESPOSTA:
Com 2 anos a pele já tem elasticidade, pelo que se já vai abrindo pode e deve ajudar no banho. Não se preocupe, que ela não aumenta de tamanho com essa prática...


5- Dr. Ontem puxei a pele do pênis do meu filho de 4 meses, soltou só que sangrou muito , deixando o bem vermelho e a pele não quer mais voltar pro lugar, deixando a cabeça pra fora. É normal? A pele vai voltar pro lugar? O que devo fazer? Desde já agradeço sua atenção.
RESPOSTA:
Se a pele não volta ao lugar deve levar o seu filho ao médico, para não correr o risco de "estrangular" o pênis.

Pediatra Dr.Hugo Rodrigues.

O meu filho ainda faz xixi na cama - o que posso fazer?

Apesar de ser geralmente uma "dor de cabeça" para os pais, a enurese noturna (crianças que fazem xixi na cama) é uma situação de muito bom prognóstico, que geralmente resolve como tempo na maior parte dos casos.


Primeiro, importa esclarecer a partir de que idade é que é preocupante as crianças ainda acordarem com a cama molhada. 

Está atualmente estabelecido que essa idade são os 5 anos, pelo que antes disso é considerado "normal" que as crianças ainda não consigam controlar a eliminação da urina durante a noite.

 É mais comum nos meninos do que nas meninas e muitas vezes parece haver alguma predisposição familiar, havendo história de problemas parecidos com um dos pais ou avós.

Na maioria dos casos, a enurese é uma situação isolada, ou seja, não tem outros sintomas associados, nomeadamente a incapacidade em controlar a urina durante o dia, a dificuldade em lidar com a vontade de urinar, sede muito excessiva, dor ao urinar ou outras queixas. Caso estes estejam presentes, a situação requer uma observação médica mesmo antes dos 5 anos.
No entanto, nos casos em que a enurese não tem outras queixas, é importante perceber que ela se pode dever à produção de muita urina por parte da criança (principalmente se beber muito), ao facto da bexiga poder ser pequena ou então ao facto do músculo da bexiga poder ainda estar algo "imaturo". Pode ainda dever-se à criança ter um sono mais profundo (seja porque está mais cansada ou então por características individuais), o que dificulta o acordar a meio da noite.

Assim, há alguns conselhos importantes a ter em conta, nomeadamente:

1-Colocar a criança a urinar antes de adormecer e incutir-lhe claramente esse hábito

2-Relembrá-la que se tiver vontade de fazer xixi durante a noite deve ir à casa de banho (pode inclusivamente manter o acesso à casa de banho iluminado com luzes de presença, para evitar medos e receios)

3-Não usar fraldas durante a noite, especialmente se a criança tiver mais de 8 anos (pontualmente pode ser aceite usá-las, particularmente se houver visitas em casa ou estiverem nalgum lugar sem ser em casa)

4-Fazer com que a criança ajude a mudar a roupa da cama quando a molha (aqui o objectivo não é castigar, mas sim perceber que dá trabalho quando ela não consegue controlar a urina e que esse trabalho deve ser partilhado por ela também)

5-Fazer um calendário das noites secas, em que a criança deve apontar/pintar os dias que correram bem (pode e deve ter um sistema de recompensas quando isso acontece)

6-Dar de beber ao seu filho durante o dia, para evitar que ele tenha muita sede à noite e sinta necessidade de beber muitos líquidos

7-Limitar o consumo de líquidos a partir das 18:00 (um conselho prático: não anuncie que não pode beber, senão o seu filho vai manifestar sempre muita sede; o ideal é não lhe mostrar os líquidos para não se lembrar deles)

8-Treinar o seu filho a controlar a urina, evitando que vá fazer xixi imediatamente mal sente vontade durante o dia (isso vai ensiná-lo a ser capaz de controlar a saída de urina)

9-Usar um alarme específico destas situações, que se coloca nas cuecas da criança (apesar de ainda não ser uma prática corrente, é hoje em dia considerado um dos métodos mais eficazes, pelo que se deve aconselhar com o seu médico)

Para além destes conselhos, há uma mensagem fundamental que deve ser sempre reforçada: não se deve castigar ou ralhar a uma criança só porque faz xixi na cama.
As crianças com enurese não conseguem mesmo controlar e já é um fardo suficientemente pesado para elas ter que lidar com isso. Penalizá-las por esse facto, para além de ser injusto, é uma medida demasiado dura, porque elas não o fazem intencionalmente.
Se nenhuma destas medidas for eficaz, fale com o seu médico assistente para ver se  é indicado tentar outra solução, nomeadamente algum medicamento.

Texto escrito pelo Pediatra Dr.Hugo Rodrigues, cedido para o Mãe de Família.

Sinais de alarme de 1mês a 6 anos - o que são?

Na nossa prática clínica, há um conjunto de etapas do desenvolvimento que devem ser cumpridas em determinadas idades e que constituem os chamados sinais de alarme.
Apesar de nehum deles ter significado isoladamente, sempre que se observam devem alertar o Pediatra para algo que possa não estar a correr muito bem, particularmente se se verificar mais de um sinal de alarme na mesma altura.

Quero ressalvar que, se o seu filho apresentar algum deles, isso não significa linearmente que tem problemas. Deve apenas discutir essa questão com o médico assistente, para que ele lhe possa esclarecer qual o significado...

#Sinais de alarme - 1º mês

Nesta idade as pistas sobre o desenvolvimento são apenas muito subtis, pelo que é importante um elevado índice de suspeita para pensar nesse tipo de problemas.


Aqui ficam alguns sinais de alarme:

Ausência de tentativa de controlo da cabeça, na posição sentado
Aumento ou diminuição do tónus muscular na posição de pé
Nunca segue a face humana
Não reage ao som
Não se mantém alerta, nem por breves períodos

#Sinais de alarme - 3 meses

Com esta idade o seu filhote é já capaz de estabelecer alguma interacção e as pistas sobre o seu desenvolvimento começam a tornar-se mais evidentes.
Alguns sinais de alarme para esta idade são os seguintes:

Não fixa nem segue objectos
Não sorri
Não há qualquer controlo da cabeça
Mãos sempre fechadas
Membros rígidos em repouso
Sobressalto ao menor ruído
Chora e grita quando se toca
Pobreza de movimentos


#Sinais de alarme - 6 meses

Com esta idade, os bebé valorizam muito a interacção e torna-se mais fácil começar a detectar alguns problemas de desenvolvimento.
Os sinais de alarme para esta faixa etária são os seguintes:
Ausência de controlo da cabeça
Membros rígidos
Não olha nem pega em qualquer objecto
Assimetrias
Não reage aos sons
Não palra (balbuciar=
Desinteresse pela ambiente
Irritabilidade
Estrabismo (trocar os olhos) constante

#Sinais de alarme - 9 meses

Nesta idade, os sinais de alarme a ter em atenção são os seguintes:
Não se senta
Permanece imóvel, não procura mudar de posição
Assimetrias
Sem preensão palmar; não leva objectos à boca
Não reage aos sons
Vocalização monótona ou ausente
Apático, sem relação com os familiares
Engasga-se com muita facilidade
Estrabismo

#Sinais de alarme - 12 meses

Por volta do ano de idade, os sinais de alarme a considerar são os seguintes:
Não aguenta o peso nas pernas
Permanece imóvel, não muda de posição
Assimetrias
Não pega nos brinquedos ou utiliza apenas uma mão
Não responde à voz
Não brinca nem estabelece contacto
Não mastiga


#Sinais de alarme - 18 meses

Para esta idade, os sinais de alarme a considerar são:
Não se põe de pé; não suporta o peso sobre as pernas
Anda sempre nas pontas dos pés
Assimetrias
Não pega em nenhum objecto entre o indicador e o polegar
Não responde quando o chamam
Não vocaliza espontaneamente
Não se interessa pelo que o rodeia; não estabelece contacto
Deita os objectos fora ou explora-os sistematicamente com a boca
Estrabismo

#Sinais de alarme - 24 meses

Com esta idade, os sinais de alarme a ter em atenção são os seguintes:
Não anda
Deita os objectos fora
Não constrói nada
Não parece compreender o que se lhe diz
Não se entende nenhuma palavra que diz
Não se interessa pelo que está em seu redor; não estabelece contacto
Não procura imitar
Estrabismo

#Sinais de alarme - 4-5 anos

Por volta dos 4-5 anos, os sinais de alarme a ter em atenção são:
"Hiperactividade", distracção fácil, dificuldade na concentração
Linguagem incompreensível; gaguez
Estrabismo ou suspeita de défice visual
Alterações do comportamento

Texto escrito pelo Pediatra Dr. Hugo Rodrigues, para o Mãe de Família

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“puxar para trás” a pele do pênis do meu filho?


Todos nós, homens, guardamos na nossa memória a(s) consulta(s) em que o nosso médico assistente decidia fazer-nos essa “maldade”.
É perfeitamente normal que a pele do pénis dos bebés não "abra" completamente e é até desejável que assim seja, por uma questão de protecção enquanto ele ainda usar fraldas e mesmo um pouco depois (a chamada fimose fisiológica).


Deste modo, actualmente não está recomendado que se faça essa retracção forçada da pele até aos 6 anos de idade, havendo inclusivamente quem recomende que tal não se faça até à puberdade, pois os estímulos hormonais acabam por ajudar a resolver a situação.

 Claro que até lá deve tentar ir puxando a pele para trás no banho, sempre sem forçar, para proceder a uma higiene adequada. Na maior parte das vezes isso é suficiente e com o tempo a pele acaba por abrir.

Quando se tenta “forçar”, criam-se pequena feridas que ao cicatrizarem vão apertar ainda mais a pele em volta do pénis e, nesses casos, a solução vai mesmo acabar por ser a cirurgia.

Sendo assim, o melhor é não o fazer, pois isso é muitas vezes mais prejudicial do que aguardar que o tempo resolva a situação naturalmente.

Texto escrito pelo Pediatra Dr. Hugo Rodrigues, gentilmente cedido ao Mãe de Família







Encontrei uns carocinhos no pescoço, é normal?

Quase todas as crianças acabam por ter, em alguma fase da sua vida, umas "bolinhas" ou "carocinhos" no pescoço.
Apesar de ser algo que assusta bastante os pais (com medo que se trate de uma leucemia ou outra doença grave), a maior parte das vezes não tem significado nenhum e é mesmo uma manifestação normal, que significa que o organismo está a funcionar como deve.



Todos nós (e as crianças também) temos no pescoço e em outros locais do corpo umas estruturas que se chamam gânglios linfáticos. Na verdade, são estruturas de defesa que servem apara ajudar a combater as infeções e que estão situados nos locais em que há mais probabilidade de virem a ser úteis.
Um desses locais é o pescoço e é por isso que se notam sempre esses gânglios quando as crianças estão constipadas, com uma amigdalite, uma otite ou outras infeções do género.

Significa que o organismo está a combater a infeção e, por esse motivo, é uma resposta considerada "normal".

No entanto, há algumas situações em que nem sempre é assim, pelo que convém conhecer quais os sinais de alarme, que implicam uma observação médica cuidada e atempada e que são os seguintes:

•Gânglios com mais de 1cm de tamanho no pescoço ou mais de 1,5cm nas virilhas ou axilas

•Gânglios muito duros (tipo "pedra) ou que estão aderentes à pele ou aos tecidos mais profundos

•Gânglios que crescem muito rapidamente em pouco tempo

•Gânglios palpáveis em mais do que uma das zonas habituas (pescoço, axilas e virilhas) ao mesmo tempo

•Associação a emagrecimento, mal-estar geral, sangramento frequente das gengivas ou de outros locais, infeções de repetição ou cansaço fácil

Posto isto, volto a reforçar que a maioria das vezes os gânglios aumentam como resposta a doenças pouco graves e frequentes. No entanto, há algumas exceções, que geralmente se manifestam com os sinais de alarme que enumerei acima, pelo que é importante estar atento à sua presença.

Texto escrito pelo Pediatra Dr. Hugo Rodrigues, colaborador voluntário no Mãe de Família.


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