Adora se fazer de vítima!!!



Estávamos brincando,Joana e eu, de pular corda. Ela tem 4 anos e comecei a dificultar a brincadeira, aumentando a altura da corda. Sentiu-se incapaz e eu logo soube, vamos ter crise.

Jogou-se quase como quem desmaia, sob a corda e disse : "é muito difícil, não gosto!" E continuou no chão como se tivesse quebrado a perna. Claro que me acusando.
Faz parte do show, tem que ter uma ceninha...

No café da manha, ficou revoltada espancando o ovo frito, porque não conseguia espetar com o garfo.

Hora de tomar uma ATITUDE!

Passar a mão na cabecinha e dizer que ela é a vitima sofrida e coitadinha, seria trágico para seu desenvolvimento. Quem não conhece alguém que foi criado assim? Ou que na rua, faz isso e todos socorrem... Alias, mesmo quando é queda de verdade, eu não corro para mimar. Caiu, levanta.


Mas vou ao cerne da questão. Tratar a raiz do mal.
Em resumo, ela precisa de mais amor. Hora de dobrar minha dose de carinhos e atenção.
Não no momento da crise de vitimização. Mas antes de se repetir.
Nunca fui mãe de ficar batendo palminhas para todas as proezas, alias não faço a ninguém. Acho que um elogio específico, é mais eficaz.

"Muito bem, comeu tudo e já não vai ficar fraquinha hoje" ou "bora brincar mais na piscina, porque agora você já consegue nadar sem se afogar". 

Quero meus filhos prontos para o mundo la fora.

Amor é abraço, beijo e ouvir, de verdade, o que ela tem a dizer. Sentar junto e prestar atenção. Ter paciência mesmo quando eu estou cansada.
Amor é ser constante e presente. Alimentar, ensinar, e socorrer de forma consciente. Amar é não estragar minha filha com mimos fúteis e falsos apenas para acalma-la.

O melhor tratamento é a prevenção das crises que a fazem querer ser vitima e chamar a atenção. E a melhor medicina o amor.
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