Mamãe, não gosto que meus priminhos batam em mim. Você sempre os convida e eles maltratam-me, pegam meus brinquedos. Não gosto disso.
Você acha que no futuro não serei capaz de conquistar amizades saudáveis, que me tratem bem. E por isso insiste que eu aguente isso. Tem medo que eu seja uma criança sozinha.
Mas mamãe, acredite, eu sou capaz de ser amada e conquistar gente que me trate bem.
Mamãe, será que preciso realmente aguentar as pancadas por medo de ficar sozinha? Será que preciso emprestar o que não quero apenas para agradar e fazer feliz quem me faz mal?
Mamãe, por favor, me defenda. Não deixe eu crescer acreditando que ninguém vai me amar se eu não baixar a cabeça e der o que querem mesmo que contra minha vontade.
Por Stephanie Cabrita
"Minha infância foi repleta de maus tratos. Minha mãe era perversa e narcisista.
Hoje sou mãe de meninas e tento ser diferente. Nem sempre consigo, mas quero ser melhor." (Resumo do relato da leitora)
Você relatou a história da maioria das pessoas que me acompanha. Somos filhas de uma geração que cresceu com abusos e sempre achou que fosse o certo. Crescemos ouvindo que Deus queria assim, que corrigir com a vara era a vontade de Deus. E que o pai que ama bate. Isso deu muitas margens para todo tipo de violência psicológica e física.
Sobrevivemos, estamos relativamente bem, mas em nós está sempre a dúvida "será que afinal minha mãe tinha razão?" "Se minha mãe nunca tivesse me batido, eu estaria muito pior?"
E assim agradecemos pela forma com que fomos tratadas...ao mesmo tempo que nos questionamos, "era mesmo preciso?"
Não, não era preciso!
Não, ela não fez bem em te bater, gritar, castigar!
E Não, não agradecemos por isso!
Agradecemos porque nos sustentou. Agradecemos porque nos manteve vivas e sem nossos pais não estaríamos aqui, mas não pelos maus tratos.
Honraremos nossos pais sendo melhores do que eles.
Honraremos tendo paciência na velhice deles. E não lhes bateremos se, por ventura, cuspirem a sopa quando lhe dermos à boca.
Horaremos pai e mãe, sem lhes apontar os defeitos, mas dando hoje o nosso melhor, criando seus netos com o todo carinho que pudermos.
Há formas de educar sem punir. A vida por si só já oferece bastante punição.
Ensinamos limites, não os impomos, por que queremos inspirar e não obrigar a serem melhores.
A educação é uma construção diária, e o Mãe de Família está aqui para te ajudar nisto.
Assista o vídeo...
Você já viu uma situação se passar com uma criança e pensou, onde estava essa mãe?
Ou mesmo se perguntou, como essa mãe deixou isso acontecer?
Ah a maternidade... é uma rotina de cuspir para o cima. Por mais que pensemos ter tudo sob controle, basta 1 segundo e tudo muda.
E sobre isso falamos neste vídeo feito em uma de nossas conversas ao vivo pelo facebook.
Bom dia!!! Estou a monitorar a febre do meu pequenino, é bem cedo aqui. Ele dormiu e eu fui dar olha bisbilhotada no facebook na sua página e vi esse último vídeo seu emocionado. Confesso que sou uma pessoa bem tímida e que muitas vezes prefiro me manter despercebida. Mas senti vontade de te dizer que vocês fazem parte do meu convívio familiar. A voz já nos é familiar. Seus pequeninos me fazem rir muitas vezes durante os vídeos e quando meu filho não está ao meu lado por causa da escola eles me lembram muito os momentos que estamos juntos. Ele é um misto de Pedrinho que se agarra em mim quando faço algo que ele percebe que não estou focada nele. E também tem a esperteza e me pega de surpresa com suas histórias e conversas como a Juju. Enfim tudo isso pra lhe dizer que vocês são de casa e que nos fazem bem. Fique bem!!!
Helida Andresa Rodrigues.
Existe uma expressão em espanhol, que nunca encontrei tradução... mas que expressa uma das atitudes que mais tocam meu coração.
"Eres todo un detalle" ou "que detalle"...
Hoje de manhã recebi uma mensagem simples de gratidão... agradecendo por minhas palavras no último vídeo, me desejando uma feliz páscoa, acompanhado de um "Deus abençoe sua família".
Fui olhar o registro de conversas e vi que o último contato desta pessoa tinha sido no Natal. Também agradecendo e desejando feliz natal.
Outro dia eu pensava... porque será que Jesus estava tão atento ao fato de apenas 1 dos 10 leprosos ter voltado para agradecer?
Nunca vi Jesus como um carente de reconhecimento. Ele com certeza imaginava que os curados estariam gratos e satisfeitos. Ansiosos por estarem com suas famílias. Um leproso não podia tocar em ninguém, imagino a ansiedade por voltar a tocar e abraçar pessoas.
Jesus não estava apontando a "ingratidão" dos outros 9. Foram gratos à sua maneira. Mas Ele que tocava a todos, curava e mudava o mundo de tanta gente, foi tocado. Sentiu-se grato por que 1 voltou. Aquele que em meio a tantos curados e satisfeitos com seus milagres diários, fez questão deste "detalle".
Obrigada a vocês que voltam. Nem eu sabia que me tocava tanto receber vossas palavras de gratidão.
Esse gesto, "es todo un detalle".
Feliz Pascoa e que Deus abençoe a você e toda sua família.
"Eu não aguento mais você...
Ele está insuportável.
Não sei mais o que fazer.
É uma criança muito difícil!"
Já escrevi alguns textos sobre o poder das nossas palavras, e é até meio obvio que dizer isso aos seus filhos não pode fazer bem.
Ou você pensa que ofendendo, ele lutará para ser melhor? Essa é a sua técnica? Muito mal!
Mas meu assunto hoje não é sobre o poder que suas palavras tem em seu filho. É sobre como essas palavras e pensamentos, destroem você.
Quanto mais degradado alguém estiver em sua mente, menos interesse você terá em estar perto. E isso vale para seu marido, colega de trabalho, patrão, vizinho...e filhos.
Se você repete que não suporta mais, você deixará de suportar. Quando se convence que é ruim, verá dificuldades no seu convívio.
Nosso cérebro recebe ordens de comportamento, todo o tempo. E quando você sugere desinteresse por alguém ou alguma coisa, ele automaticamente aprende a sua ordem.
Várias zonas do seu encéfalo conectam-se e trocam informação o tempo todo. Algumas precisam mais de respostas sensoriais, muitas dessas respostas vêm dos seus olhos, de suas palavras, de sua repulsa.
Não ensine sua mente a ser intolerante.
Exalte a gratidão e procure as qualidades onde quer que você esteja e principalmente com seus filhos.
Trabalhe sua consciência, exercite seus olhos, e eles serão bons.
"Porém, se teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em absoluta escuridão."Mateus 6.23
Quantas vezes a pia ficou cheia de louça, porque ouvi meu filho pedir "joga comigo mãe", ou o pequeno dizendo "mamãe quero você".
Depois fica corrido? O serviço acumula? SIM!!! Quantas vezes fui e vou ao banheiro com plateia e ganho os parabéns quando faço cocô.
Eu não nasci mãe, não fui criada cercada de carinhos e ninguém nunca deixou um afazer pra brincar comigo.
Morri? Não!
Mas as lembranças que tenho muitas vezes não são as que eu queria ter.
De modo algum crítico minha criação, mas hoje sei que posso aprender e me esforçar para ser diferente. Ver o mundo infantil de outra forma, carinhosa, sem aceitar certos pitacos. Deixar meu coração materno me guiar.
Não é nada fácil ver uma criança esperneando enquanto seu coração diz que já estão há muito tempo esperando.
Sinta a maternidade, não pense tanto.
Por pior que pareça a crise, o que querem é sentirem-se acolhidos, receber um olhar acolhedor e um sussurro no ouvido:" Calma, mamãe está aqui".
Deise Fernanda Ruiz Ramiro, Mãe de Família.
Deise é Mãe do Artur e do Guilherme, artista plástica Criando com Amor
