Culpa de ser a mãe

Culpa...
porque comeu pouco, comeu demais, a comida não estava tão boa, não ficou pronta à horas, comeu alguma coisa antes, dormiu...

Culpa porque não dormiu e sentiu raiva e sono. Ele dormiu mais tarde e não se pode fazer mais nada. Porque quando dormiu não quis fazer mais nada.

Culpa, porque não deu atenção ao marido. Por que não tem um. Alguém diz que vai ficar sozinha com contas a pagar e filhos para sustentar.

Culpa porque queria ser como tua mãe, porque não queria ser como ela, acha que nunca serás como as de antigamente,como as modernas, como aquela que tem 6 filhos está sempre bonita e com filhos educados, está?

Culpa... porque não tem tempo para se arrumar, sempre descabelada, culpa porque se embelezou às custas dele chorar.

Culpa por não conseguir deixar com ninguém, por deixar com alguém, por pegar ao colo, por não pegar, por querer distância um pouquinho, por querer estar sempre colado e supermimar, culpa por sentir-se culpada.

Amamenta demais e assim come pior. Não amamenta e ganha menos anticorpos. Gasta-se com leite especial quando "devia" dar o peito.

Porque não deixou as fraldas ainda?
Ele implora pela fralda para fazer cocó!!!
Tirou cedo demais e agora tem o intestino preso.Tarde demais e na creche brigam. Culpa...

A luz do telefone fez com que acordasse.

Culpa por não ter amigos. Culpa por estar com amigos e ele impaciente te espera.

Por não querer ter mais filhos, por querer ter mais e não saber como cuidar.

Porque a casa está como está, porque ele chorava enquanto tentavas organizar, porque dormiste quando devias limpar.

Porque não trabalha, porque estuda, porque não ganha o suficiente para sustentar. Porque fazes tudo isto e não tens o tempo que querias para estar.

Culpa por não tentar como disseram, por fazer o que queriam e não dar ouvidos aos instintos, culpa por que nada funciona.

Culpa pelo pijama, pela roupa suja, pelo leite derramado, pelos cabelos desgrenhados, pelo choro, pelo medo do vizinho reclamar. A qualquer hora bate uma assistente social l e retira meus filhos.

Culpa porque sim, porque não... culpa só tem quem faz, se arrepende, quem tenta de todas formas, conseguindo ou não, fazer o melhor.

Culpa só sente quem ama.
Eu sou mãe e tenho orgulho em dizer, eu tenho culpa.

Meu filho reclama o tempo todo!


Damos educação, ensinamos o certo e errado, sustentamos e não deixamos que os falte nada.
Mas como saberei se estou fazendo tudo o que posso?

O sorriso deles é proporcional ao nível de bom afeto e limites corretos que oferecemos.

Seu filho vive choramingando, nada é bom o suficiente, e você precisa dizer não o tempo todo? 
É hora de parar e rever sua "estratégia educacional" e começar urgentemente o que eu chamo de LUA DE MEL com seu filho.
E como fazemos isso?
Monte um horário, realista, mas um pouco mais romântico que o de costume. Como muitas atividades felizes para fazer apenas pais (padrastos e madrastas) e filhos (enteados e adotados). MAIS NINGUÉM!

Mesmo durante os dias de aula e de trabalho, tenha um fim de tarde, parte da noite ou mesmo uma refeição matinal maravilhosa, com musica, risos e entrega de vossa parte. Não espere as férias ou a semana que vem, hoje é o melhor dia que temos.

Volte ao primeiro amor.
Depois, tente manter alguns momentos como esses o resto de vossas vidas.
Isso irá fortalecer laços, criar amizade e cumplicidade.

Se vai tudo bem e seus filhos sorriem mais do que choram e reclamam:
Continue o bom trabalho e ajude outros pais que precisam de socorro.

Acredita em mim, isso passa!!!



Se tem uma lição que aprendi na vida é esta: eu sei viver com pouco, e sei viver sem pisar em ninguém quando tenho muito.
Sei viver com dor e sorrir com paz.
Sei estar em paz, e aproveitar esse momento para socorrer quem não a tem.
Sei viver de forma correta e não julgar quem me conta seus pecados mais "absurdos".
Aprendi a ser feliz em toda e qualquer circunstância, porque eu sei que tudo passa. E se não passar da forma que eu espero, Deus da-me uma nova forma de esperar, uma nova Esperança...
Aprendi que Posso todas as coisas, as piores ou as melhores, porque quem me fortalece é Aquele que me ensina a viver e mostrou-me que nem a morte é luto para quem vive para sempre.
Posso todas as coisas por quem me fortalece é o Eterno.
Dra.Stephanie de Matos, a Mãe de Família.

Você está muito estranha....


Assim tão rápido? Um dia sou teu amor, sua prioridade, no outro você nem pode me ver?

Não, não foi rápido. Eu senti cada segundo de abandono, que você chamava de teu tempo. Eu senti cada ida que você sorria mais com os outros do que nunca sorriu comigo.
Eu fui me apercebendo, mais lentamente do que eu gostaria, que tudo era melhor para você, do que estar comigo.

Não foi assim tão rápido... demoraram vários jantares com cara amarrada e respostas mal dadas.
Tardou... foi o tempo de varias desconfianças e suspeitas absurdas que você me tinha. Todas as vezes em que não me defendia quando alguém me diminuía.

Todas as vezes que me disse que eu sou mesmo ruim, que meu jeito é uma merda e que eu só falo bobagens.

Demorou... não foi assim tão rápido. Foi lentamente que eu desisti de mim, do meu respeito próprio e apenas pedia desculpas.
Eu sei, eu me enchia de razão... eu me rebelava contra o que suspeitava ser errado. Minha alma gritava de agonia, eu sabia que isso não devia ser assim.

"Eu sei... sou uma pessoa difícil e tenho sorte de você me suportar... que sorte a minha você me perdoar e aguentar estar comigo".

Não foi rápido... não foi de uma hora para outra. Quem dera tivesse sido. Foram anos de auto destruição que agora desisti de reconstruir.

"Você está muito diferente!"

Estou mesmo... eu não vou juntar os caquinhos daquela pessoa que fui, nem isso quero mais. Foram tantos fungos que criei na minha imagem, que não quero nem polida aquela pessoa que fui ao seu lado.

Quero ser nova, do jeito que eu quiser.
Faço por mim, eu posso, eu vou, A VIDA É MINHA!!!!
Faço pelos meus filhos, por mais que você insista em dizer que sou má mãe. Tua opinião aqui já não importa.

Eu agora sou outra. Rápido ou com vagar, agora isso já não importa a você, o tempo é MEU, e eu sozinha vou escolher quanto gasto ou não dele.
Stephanie de Matos

Depois do casamento tudo mudou, porque?

Depois do casamento tudo mudou, porque?


Por Dra. Stephanie Matos.

Meu filho não quer ir a creche, e eu não trabalho fora de casa.


Vamos entender o papel dos profissionais educadores de infância na vida de uma criança até os 6 anos.

Os pais precisam trabalhar, e os avós não são uma opção viável para algumas famílias.
Ok. Vamos colocar em uma empresa com profissionais qualificados para estarem com meus filhos enquanto eu não posso.

Mas se não é o meu caso. Se eu posso escolher não trabalhar fora, porque eu colocaria meus filhos aos cuidados de uma empresa?

Violência doméstica... o que o pai do meu filho me faz!


Por muitos anos vivi com medo, sempre pensando que era a errada.
Com minha mãe, fui espancada calada, pensava "eu mereço"... nem sempre eu fazia o que era certo... Travessa, desobediente, irreverente. Se eu abrisse a boca para falar com uma professora sobre isso, ou mesmo uma amiga, era porque eu, uma menina de 7 anos, não era de Deus... família religiosa.
Quando pude, corri o máximo que pude desta mãe.

Ao correr encontrei alguém para formar uma família, que cuidaria de mim e me protegeria, até que...
Eu não podia ser eu. Proibida de rir, brincar, conversar, "isso é coisa de puta".
Tentei sair, fugir, nunca fui boa em me defender... Erro muito, não presto. Assim fui ensinada e convencida que eu sou a menina má!

Engravidei e fiquei presa nessa relação sem amor, carinho, educação, admiração, e o mais importante respeito.

Desde muito cedo aprendi que eu não sou gente...não mereço ser respeitada por ninguém. Ou porque sou criança, ou porque sou mulher, brasileira fora do país.
Ser simpática é coisa de puta.

Depois de anos tive coragem para pedir ajuda. Denunciei à policia, outro erro...
A ajuda, por parte das assistentes sociais e dos órgãos públicos, veio em forma de acusação, manipulação, coação e medo...

Fiquei presa dentro e fora de casa...
Agora além de ter que provar que eu não era puta, tinha que provar que eu tinha capacidade de ser mãe. Logo eu mãe apaixonada e entregue...que sempre priorizei meu maior tesouro, meu filho.

Já não tinha escolha, quiseram me  levar para uma centro de acolhimento, queriam me institucionalizar, me tratavam como burra. Eu era mais uma vez a coitada, a errada, a menina má! "ou você vem connosco agora, ou levaremos seu filho".

Minha vergonha era muita, mas eu ia ter que me expor, falar com minha família, e foi o que fiz.
Deus realizou o meu tão esperado sonho, minha irmã largou sua vida em outro país para
me salvar e dar para mim e meu filho uma família de verdade.

Hoje, 3 meses depois, ao invés de uma casa triste e sem vida, temos uma casa feliz e cheia de amigos. Não tenho palavras para agradecer!

Ainda tenho que lidar com perseguições... assistentes sociais que perderam uma "cliente", deixei de ser mais um número dentro das estatísticas de desgraçadas desamparadas... Nem todos gostaram disto. Na verdade, me proibiram de ir para casa da minha irmã... Disseram que eu ia me arrepender de ficar com ela.
Vocês a conhecem, é a Stephanie aqui do Mãe de Família.

O pai do meu filho, agora odeia minha irmã porque ela tirou-nos, meu filho e eu, do lixo em que estávamos vivendo.
Hoje, ela é ofendida e difamada diariamente por ele e talvez por mais gente.
Estamos bem, estamos felizes, nossa casa está sempre cheia de amigos com filhos e o cafezinho não falta.
Somos fieis ao que  de mais importante temos, nossa família.
Por Medyan Matos, mãe de família

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