Relato de uma mãe: bebê na creche desde os 4 meses.


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Somos só eu e meu marido na criação do Raphael. 
Quando estava grávida, decidimos que ele iria para creche assim que eu voltasse a trabalhar. 
Buscamos uma creche que tivesse haver com o que acreditamos ser o melhor para nosso pequeno, principalmente se estimulava o aleitamento materno. Encontramos e fizemos a reserva, eu já estava grávida de 5 meses. 

A adaptação foi tranquila, pois acredito que depende mais de nós mães passarmos essa tranquilidade para nossos pequenos.
Em três dias ele já estava adaptado. Eu mandava leite todos os dias e andava com a bombinha de tirar leite para cima e para baixo, uma loucura, mas queria manter o Rapha no aleitamento, pois acredito ser o melhor reforço para aumentar a imunidade do meu filho. 

Elas foram ótimas e nos ajudaram muito. Chorei! E fomos abraçados por todos da creche, vejo o quanto o Raphael é bem cuidado. 

No início escutei tanta coisa que me fazia mal e me sentir culpada: já na creche? :Tão pequeno! Coitado! Nossa você tem coragem?!

Peraí! Não chuta cachorro morto! São tantos medos , e principalmente aquela velha história: nossa ele vai viver doente!

Então, queria dizer para vocês que eu sofri a toa, Rapha vai fazer 8 meses e está na creche desde os 4 meses e está ótimo, cresce lindo e cheio de saúde. 
Não! Ele não ficou doente! Ele não largou o peito! Ele é muito estimulado, e quando chega na creche faz festa para as tias. 

O que eu queria dizer com a minha experiência? Por favor, não se sintam culpadas, precisamos retomar nossas vidas. Tive dúvidas se voltaria a trabalhar , e decidi que seria melhor para nós três.

Não tive ajuda dos avós, mas encontrei todo o acolhimento que eu precisava na creche do meu filho. 

Hoje deixo o Rapha na creche e vou trabalhar tranquila, pois sei que ele está em segurança. Esse é o meu bem maior, minha razão de viver.

Escrito por Aline Torres Gustavo, especialmente para o o Mãe de Família.

Depois do divorcio, meu filho está agressivo.


"Estou passando por uma fase delicada com meu filho, ele tem 1ano e 11 meses esta muito agressivo: Puxa cabelo, belisca, bate. Morder então nem se fala,muitas das vezes quero leva-lo ao parque ou em qualquer outro tipo lugar que tenha crianças, evito porque ele faz essas coisas e me coloco no lugar das mãe, é chato, ninguém gosta. E isso acontece em casa também minha mãe, avó dele e também com pai dele. Toda hora e a qualquer momento. 

Me separei do pai dele não sei se de repente pode ter causado algo que motive essa agressividade,
Me ajuda, já não sei oque posso fazer, nunca bati e acho q não vai adiantar agir dessa forma, procuro sempre conversar e falar serio com ele mas não adianta, ele faz novamente. 
Gostaria de saber oque posso fazer, já não sei mais.
Aguardo algumas dicas, obrigada!"

Foto do meu sobrinho André (lindo da Tia)


Resposta:

Ola, 
Que situação, você está refém do seu filho. 

Ao mesmo tempo que imagino seu constrangimento, penso na confusão emocional que ele está vivendo.

Sim, a saída do pai pode ter deixado o menino desorientado. Junto com a fase de descobertas dos 2 anos. (A crise dos dois anos)

Mas vamos a ação!

Bater com certeza vai destruir tudo. Não bata!

Parquinho é ótimo, mas por agora, evite um pouco de socialização. Pelo menos por 2 meses.

Saia para fazer coisas divertidas com ele, mas apenas vocês os dois. Ou a outra pessoa responsável por ele. Mas sempre focando na atenção a 100%.

Alguma coisa se quebrou e nem ele sabe porque ou como, mas se sente com medo. E esse medo se reflete na agressividade.

Toda agressividade é fruto do medo e da frustração do indivíduo.
Ninguém que se sente seguro, agride. E com crianças é igual.

Minha terapia para vocês é colo e risos. Se der, durmam agarradinhos.
Joguem bola, brinquem com massinha, bonecos e legos grandes, os próprios para essa idade.
Ele precisa de atenção e disciplina, e construir coisas vai ajudar bastante.

Nunca grite, discuta com ele ou a frente dele.
Como eu disse... alguma coisa se quebrou, e é tempo de reconstruir.

Não se sinta mal, por ele não socializar agora. 
Vamos tratar as feridas antes, deixar cicatrizar, para depois poder voltar a conviver.

Ainda bem que você tem essa disponibilidade de estar com ele agora. Ele vai mesmo precisar de todo amor e colo possível. 
Evite deixa-lo a cargo de outras pessoas, nos próximos 2 meses. 

Espero ter ajudado. Leia algumas vezes o que eu te disse... e tente seguir como uma receita de bolo. Eu tenho a certeza, que vai dar certo. 
Mas é claro, que estou aqui, se precisar.

Stephanie Cabrita

Leia também A Crise dos 2 anos

O papai não, eu quero a mamãe!

não gosto do papai


Isso pode sim acontecer, parecer que os filhos não gostam do pai.
Quando o pai chega, a criança esconde-se, fica mais zangada e diz:  "eu não quero o Papai!".

Sabemos que isso não é um sentimento verdadeiro, a não ser que a criança esteja sendo vitima de maus tratos, excepto nestas situações, isto ocorre porque a criança não sabe lidar com a ausência do pai.
O mesmo, com certeza, acontece com a mãe ausente.

Você tem que trabalhar se não todos morrem de fome, ou o mundo entra em colapso. Você é o guardião do botão vermelho que aciona uma bomba que pode acabar com o mundo. Não importa o motivo.
A única coisa que a criança sabe é: "O Papai /Mamãe, não está aqui."

Então vamos a "solução":
Vocês precisam ter uma coisa só vossa, uma brincadeira, um momento que os dois sejam inteiramente cúmplices. Sempre que você chegar a casa, e for possível, vão fazer a tal coisa. Nem que sejam 10 minutos.
Por ex.: Jogar bola, uma partida de dominó, fazer lego, construir um castelo de cartas, um jogo na consola, brincar de bonecas, fazer comidinhas de brincar. Não importa o que, faça com sinceridade de coração!
De preferencia, combine para que mais ninguém brinque aquele jogo, será apenas vosso.

A ausência é muito sentida pela criança, mas ela sente ainda mais as presenças inúteis.

Se você chega a casa, senta para jantar, vai ver televisão ou sentar no computador, e continuar ausente... Não espere amor e carinho espontâneo.
A criança vai tentar a primeira vez, a segunda a terceira... até que ela mesma vai começar por te ignorar. 

Criança ignorada pelos pais, não se tornam mais independentes, tornam-se infelizes e indiferentes também.

Regue sua plantinha todos os dias, e tenha uma arvore saudável com bons frutos,

Leia também, Tempo para seus filhos

Tão bebêzinho e já vai para a creche...

Não pega a mamadeira


Eu sei, ele é tão pequenino, mas você precisa trabalhar certo? 
Não tem escolha, precisa manter o emprego, a licença maternidade está no fim.
Se você está gravida e está lendo esse texto, vou te dar uma dica... comece a procurar creche! Há lugares em que é preciso guardar a vaga com 1 ano de antecedência. Oh vida difícil.

Não vou falar sobre os aspectos emocionais, mas como deve calcular, é sofrido. Mais para a mãe. Acredite, você escolheu bem e seu filho vai estar em boas mãos.
Se tiver a oportunidade de deixar com os avós até os dois ou 3 anos, realmente é o melhor. Mas se isto está fora de questão, vai para a creche e você deve ajudar o máximo possível nessa transição.

Não basta entregar a criança e se ocupar do teu trabalho.

O bebê mama e não pega a mamadeira.

Se eu cobrasse por cada mãe que me pede conselho sobre isso... eu já teria um bom pé de meia. (Risos)

Não pega na mamadeira, e já tem 4 meses:  Bebe no copo! Acredite, seu filho é capaz. Não precisa insistir com a mamadeira.

Pode também iniciar a introdução de sopas com 2 elementos, papas e frutas não exóticas, como maça, pera e banana. Em alguns países a primeira fruta é o abacate. Converse com o pediatra do seu filho.
Tente manter o aleitamento materno exclusivo, mas para isso, convém se preparar com algum tempo de antecedência, e congelar o seu leite. 

"Meu bebê vai chorar de saudades?"
 Sim e não. Ele é pequenino, vai sentir falta de colo. Mas vai se habituar a nova rotina.
São novos ruídos, movimentos e mais gente. Os bebês costumam se sentir seguros ouvindo vozes, e principalmente de crianças.

Mas o mais importante, se você amamenta, tente não desmamar agora. Antes de levar para a creche, amamente, e quando for buscar amamente, de preferencia ainda lá.

Não deixe seu bebê horas amais desnecessárias!!!
Trabalhe e volte correndo para busca-lo.
E jamais se sinta culpada por trabalhar ou estudar.

Mas atenção, creche implica contato com mais crianças e por sua vez doenças.  Esteja preparada para baixas medicas por assistência familiar. O que significa dizer, que você pode ter que faltar algumas vezes para cuidar do seu bebê doente.
Criança doente com febre ou o que for (identificável) não vai para creche. Por isso prepare-se.

E não se esqueça, tenha as vacinas em dia.

Dúvidas? Escreva para o blogmaedefamilia@gmail.com

Quero ter o segundo filho, mas tenho medo que ocupe muito o meu tempo.

Uma pergunta que tem se repetido muito.

Tenho uma filha de 4 anos e sou casada há sete. Estou com vontade de engravidar novamente. Pois sinto minha filha muito só, porém tenho medo de ter outro filho e não ter tempo para nada... Dizem que, quem tem outro filho não tem tempo para mais nada. Hoje tenho meu trabalho e meu marido o dele...

mae de familia


Olá querida leitora,
Filhos ocupam todo o tempo? Não e sim. Depende das suas prioridades.
Sei que no Brasil tem um período de licença maternidade, depois você pode optar por colocar os dois filhos na mesma escolinha... mas deve sempre se manter presente. 

Filhos são uma delícia, e se tratados com 100% de amor e respeito, eles não dão trabalho. Mas sim... precisam de atenção.

Tem sido ótimo para nós, ter o Pedrinho. A Joana nunca se sente sozinha, ele é uma super companhia, chora, pede colo, quer atenção, mas brinca ri, faz gracinhas, e já interage.

No início, por 1 ou 2 meses, foi mas difícil entender que a mãe não é só dela, que o colo não é só dela. Mas, tudo passa. E abusando do amor e o cuidado que essa fase merece, as dificuldades passam sem grandes traumas.

Tenho um texto sobre ciumes entre irmãos... deixo aqui também.



Pense com seu marido se vocês os dois estão preparados para noites sem dormir, de novo,  mil olhos na criança pela casa (imagino que a essa altura sua filha já brinque sozinha). 
Lembre-se como foi com a primeira. O segundo pode ou não ser mais fácil.

Se me perguntam: "você se arrepende?" Eu respondo: "quero mais!" (Risos) Mas eu sou assim. Prefiro me reinventar profissionalmente, alterar vontades e sonhos, e ter meus filhos. Nasci para ser mãe. Mas entendo, quem tenha nascido para ser medica, enfermeira, engenheira, padeira. Eu escolho ser mãe, e trabalho para mim é só ajudar o próximo e fazer dinheiro para o fundamental.

Eu fiquei sem tempo para nada? Não, eu faço 98% de tudo o que quero.
E o que eu quero é estar o máximo possível com eles.

A vida é feita de escolhas, e a minha é ser mãe.
Recomendo que leia este texto Mais filhos para que?

Eu ando gastando muito essa frase de Antônio Machado, mas a verdade é que ela faz muito sentido: "Caminhando se faz o caminho" 
Se você quer mais filhos... faça, e durante a necessidade, os caminhos vão sendo feitos.  Nunca vai ser o tempo certo para ter filhos. Pense nisso.

Se ainda ficou com dúvidas, fale comigo.

Aprender a andar.


Mãe de Família


Porque nos impressiona tanto, quando um bebê começa a andar?
Talvez seja a vontade de conseguir...ou a força de tentar e não desistir.

Todos torcemos a favor, ficamos ansiosos a espera... 
"É agora, vai que tu consegues!".

Que mistério é esse? Quando um indefeso bebê é capaz de mais que um homem.
Quando sinceramente queremos que aconteça, sem invejas, ciumes, ou nada contra.
Queremos, que ele vá e ande.
Aplaudimos, nos intusiasmamos, queremos ve-lo tentar. 
Lutar pelo seu objetivo... andar sozinho.

Ficamos felizes, ele conseguindo ou não.
A pureza e simplicidade, que em nada nos faz temer.
Enquanto espectadores, não nos sentimos ameaçados ou intimidados.

Nesse momento, somos como Deus:  Amamos, queremos apenas o melhor, e se for preciso amparamos.

É quando um bebê ensina-nos , o que é ser capaz.
Cair e levantar...
Tentar e sempre seguir em frente... esse é o sentido da vida.

Nascer em Amor

Como deve ser um Parto, você sabe? Ou deixou a cargo do seu medico e no dia descobre?!
Infelizmente, é a realidade para a maioria das mulheres. Mas como eu sempre digo :
"Informação pode te salvar a vida."
Você não é menos que o profissional de saúde que te vai ajudar no parto. Aliás, você e seu filho, são a estrela do espetáculo. Não deixe acontecer, planeie, e saiba seus direitos.

Se não aconteceu com você com certeza já ouviu falar de situações em que o pai é proibido de estar presente, ou limitado a certos momentos. Será o pai menos importante que o resto da equipe, durante o parto?

Pensando nisso, a Associação Portuguesa Pelos Direitos da Mulher na Gravidez e Parto, preparou para nós, Famílias,  um dia inteiro para ensinar - tudo que tem direito - sobre plano de parto e o papel do pai no Parto. Porque sim, o pai pode e deve estar presente.




Venha estar connosco neste dia, e busque sua munições. Aprenda sobre seus direitos, em uma linguagem simples e direta.
Pare de buscar informações soltas pela internet, e vá direto a quem sabe de verdade e defende os nossos interesses.

A Associação Portuguesa Pelos Direitos da Mulher na Gravidez e Parto, foi criada a pensar em nós, mães de Família, que muitas vezes não temos voz.

As inscrições podem ser feitas na página Nascer em Amor

Leia também,  Qual o melhor Parto, cesariana ou normal?



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