Depois do casamento tudo mudou, porque?

Depois do casamento tudo mudou, porque?


Por Dra. Stephanie Matos.

Meu filho não quer ir a creche, e eu não trabalho fora de casa.


Vamos entender o papel dos profissionais educadores de infância na vida de uma criança até os 6 anos.

Os pais precisam trabalhar, e os avós não são uma opção viável para algumas famílias.
Ok. Vamos colocar em uma empresa com profissionais qualificados para estarem com meus filhos enquanto eu não posso.

Mas se não é o meu caso. Se eu posso escolher não trabalhar fora, porque eu colocaria meus filhos aos cuidados de uma empresa?

Violência doméstica... o que o pai do meu filho me faz!


Por muitos anos vivi com medo, sempre pensando que era a errada.
Com minha mãe, fui espancada calada, pensava "eu mereço"... nem sempre eu fazia o que era certo... Travessa, desobediente, irreverente. Se eu abrisse a boca para falar com uma professora sobre isso, ou mesmo uma amiga, era porque eu, uma menina de 7 anos, não era de Deus... família religiosa.
Quando pude, corri o máximo que pude desta mãe.

Ao correr encontrei alguém para formar uma família, que cuidaria de mim e me protegeria, até que...
Eu não podia ser eu. Proibida de rir, brincar, conversar, "isso é coisa de puta".
Tentei sair, fugir, nunca fui boa em me defender... Erro muito, não presto. Assim fui ensinada e convencida que eu sou a menina má!

Engravidei e fiquei presa nessa relação sem amor, carinho, educação, admiração, e o mais importante respeito.

Desde muito cedo aprendi que eu não sou gente...não mereço ser respeitada por ninguém. Ou porque sou criança, ou porque sou mulher, brasileira fora do país.
Ser simpática é coisa de puta.

Depois de anos tive coragem para pedir ajuda. Denunciei à policia, outro erro...
A ajuda, por parte das assistentes sociais e dos órgãos públicos, veio em forma de acusação, manipulação, coação e medo...

Fiquei presa dentro e fora de casa...
Agora além de ter que provar que eu não era puta, tinha que provar que eu tinha capacidade de ser mãe. Logo eu mãe apaixonada e entregue...que sempre priorizei meu maior tesouro, meu filho.

Já não tinha escolha, quiseram me  levar para uma centro de acolhimento, queriam me institucionalizar, me tratavam como burra. Eu era mais uma vez a coitada, a errada, a menina má! "ou você vem connosco agora, ou levaremos seu filho".

Minha vergonha era muita, mas eu ia ter que me expor, falar com minha família, e foi o que fiz.
Deus realizou o meu tão esperado sonho, minha irmã largou sua vida em outro país para
me salvar e dar para mim e meu filho uma família de verdade.

Hoje, 3 meses depois, ao invés de uma casa triste e sem vida, temos uma casa feliz e cheia de amigos. Não tenho palavras para agradecer!

Ainda tenho que lidar com perseguições... assistentes sociais que perderam uma "cliente", deixei de ser mais um número dentro das estatísticas de desgraçadas desamparadas... Nem todos gostaram disto. Na verdade, me proibiram de ir para casa da minha irmã... Disseram que eu ia me arrepender de ficar com ela.
Vocês a conhecem, é a Stephanie aqui do Mãe de Família.

O pai do meu filho, agora odeia minha irmã porque ela tirou-nos, meu filho e eu, do lixo em que estávamos vivendo.
Hoje, ela é ofendida e difamada diariamente por ele e talvez por mais gente.
Estamos bem, estamos felizes, nossa casa está sempre cheia de amigos com filhos e o cafezinho não falta.
Somos fieis ao que  de mais importante temos, nossa família.
Por Medyan Matos, mãe de família

Você é autista mesmo?


"Você é autista mesmo? Fala tão bem...sabe se expressar."
E respondi... "Falo tão bem, sei me expressar... e não me encontra em lado nenhum a falar (além de vídeos onde estou sozinha ou em família). Não me vê em eventos sociais, não me vê relacionando com outros bloggers"
"Verdade, você é estranha mesmo... porque é assim??"

Eu não converso... eu palestro!
 Quando tento conversar... #desastre na maioria das vezes parece um conflito ou grosseria. Juro que não estou sendo grossa... sou literal.. "obrigo" as pessoas a se explicarem... mas apenas porque não entendi mesmo. Parece sempre que estou fazendo uma ironia... não é! As vezes prefiro que pareça brincadeira, soa melhor do que ter que dizer.. "não, é sério...eu não entendi".
Sou muito inteligente e provavelmente mais do que a maioria das pessoas que conheço...e tenho uma memoria terrível. Não me esqueço de nada do que leio.

EU NÃO ASSISTO TV! Socorro!! como alguém aguenta ficar a mercê da sorte sem saber o que vai aparecer nas noticias??? Aquilo altera completamente meu humor!
Gosto de séries, filmes... sequências longas. Sempre sei o final dos filmes... Tão obvio e tedioso. Difícil ser eu. Eu sei...soa arrogante. Ouço isso desde que nasci... Corrijo meu pai desde que aprendi a falar... COISA DE AUTISTA MESMO! Sou a típica "sabe tudo". Chato de conviver com gente assim... era o que o Dr. Asperger chamava de "pequenos professores".
Minha empatia não é egoísta... sou pragmática. Não choro porque me coloco no seu lugar e penso "Ai se fosse comigo, tão triste se eu perdesse meu filho assim"
Não... eu não me ponho no seu lugar... Minha empatia é diferente. Eu tento resolver seus problemas! Eu sou pratica e quero na pratica tirar essa dor de você, ou carregar seu peso, e te ajudar a passar por isso. Não porque eu penso em mim, "se fosse comigo eu ia querer ajuda" Não!! Eu faço 100% por você.
Isso confunde e deixa as pessoas com "um pé atras". (Ai os sentidos figurados...)

Odeio desconfiança... quando desconfiam de mim eu não tento provar minha verdade... eu saio! Eu vou embora e deixo para lá.
Outro dia chamaram-me de "fraude"... Me magoei porque eu estava sem ganho nenhum apenas tentando socorrer alguém.  Depois, deixei a pessoa continuar com sua ideia. Ok, sou uma fraude para você, entendi.
Para mim isso é ponto final. NÃO LUTO PARA DEFENDER MINHA HONRA.
Ainda pequena aprendi que quem defende minha honra são meus frutos e não o balançar dos meus galhos.
Eu sei quem eu sou... isso me basta.
Eu sei que sou boa no que faço, porque o que faço é com prazer. SEMPRE FAÇO COM GOSTO!
Se não gostar eu não sou capaz... e aprendi isso rapidamente. Eu deixo... desisto.
Amo desistir! para mim desistir é tão libertador quanto conquistar. Quando eu escolho por mim e mantenho minha sanidade mental em detrimento de um tal objetivo que me está massacrando.
Sei quando você mente... leio tons de voz, memorizo  expressões faciais. Mas sei que mentir faz parte, que ocultar, dissimular a verdade, nem sempre é maldade. Tem muita coisa envolvida nisso.. as pessoas precisam desses momentos para se encontrarem... ou por auto-proteção. Respeito isso e não aponto, não julgo. Nem sempre eu quero contar tudo. A gente aprende muito com a vida.
Hoje deu-me para divagar e escrever a esmo. Ou não...🤔
Dra. Stephanie de Matos

🖖🏻🖖🏻🖖🏻🖖🏻🖖🏻🖖🏻🖖🏻🖖🏻 #mundoAzul #TEA #Asperger #EvoluçãoDaEspécie #estranha #Mãede2 #autism

Tadinha... é autista, não tem amigos...


Como autista, o que mais me incomodava na infância e adolescencia, era a tal obrigação de ter amigos.
Gosto e sempre gostei de estar no meu canto.
Não! Eu não estou carente, triste e isolada do mundo. Eu estou completa!
O que me deprimia era saber que estava sozinha e que isso é triste e que eu devia me sentir triste. Percebem a diferença???
Eu não sabia que era um momento que deveria ser tratado com medo e angustia. Mas ensinaram-me...

"Coitadinha, não tem amigos"

Hoje como mãe de 2 autistas, a primeira coisa que digo a todos que me procuram é: "Não ensine a ser feliz à sua maneira".
Apenas deixe cada um ser como é!
Você, desse seu jeito neurotípico, é assim tão mais feliz que eu??? Será?
Quando a criança demonstrar clara tristeza e frustração por não ter amigos, insegurança por pensar que ninguém vem à sua festinha de aniversàrio... faça-a lembrar das pessoas que a amam.
Com certeza, seu filho há de cativar pessoas que o vão amar para sempre, mesmo que ele mesmo não se esforce para isso. É o "mel" que temos. Somos leais e transparentes, as pessoas certas nos querem.

Quer saber mais sobre nós? Assista este vídeo...
Dra.Stephanie Matos, Mãe de Família.

Sua saudade não vai passar....



Lidiane... não posso tirar esta dor que você sente. Mas a vontade de te abraçar e acolher é grande.
Sua saudade com certeza não vai acabar, eu sei. Não vou mentir e dizer que vai passar.

Aqui em casa, falo sobre a morte com a Joana, ainda com 5 anos. É um assunto normal para nós.
É a maior certeza que temos... e não quero minha filha vivendo com medo do óbvio. Eu vou morrer... alguém vai morrer. Todos vamos.
E então, fiz questão de explicar a ela, como é morrer e o que acontece quando morremos.

"Um dia Juju, a gente dorme e acorda com todos os que amamos e que nos amam, juntos.
Lá, não ficamos doente, não há gritos ou zangas. A comida a gente tira dos galhos da arvore... o que se gosta e se quer, está la.
Ninguém vomita por comer demais, e não dói a barriguinha de fome.

Tudo o que se faz é gostoso e deixa nosso coração feliz e sem medo do que pode acontecer.
Ninguém nunca se machuca.
Podemos voar, cantamos afinados e sem medo de falar errado. Não se ofendem com o que dizemos. Todos nos amam, lembra?
Se a mamãe for antes da Juju, ou o Pedrinho for antes de nós... vamos ter saudades aqui. Saudades porque amamos e tudo, para quem fica, parece demorar demais.
Mas a verdade, é que quem foi antes, não sabe que foi antes.

Lá o tempo é diferente... a vida já passou e todos aqui já estão lá.
Eu sei que parece confuso... mas o tempo é relativo. Um dia você vai entender isso.

Sentir saudades é bom, mesmo quando dói muito. Mas nós vamos continuar caminhando aqui, até o dia de chegar lá, onde todos estaremos.

Juju, tenha uma vida, faça netos para a mamãe conhecer, e/ou amigos incríveis. Cuide de quem está mal aqui. Muita gente tem dor e sofre... estão sozinhos e a Juju vai poder abraçar e ser um pouquinho de céus para eles.

Não tenha medo, porque tudo é relativo. Lembre-se que isso passa e que eu já estarei a tua espera onde todos te amam.

Mas você precisa aqui fazer tudo isso... viver aqui, para depois chegar lá e viver para sempre.

Por favor Juju, guarde isto: nós sabemos esta verdade e temos o poder de ser um pedacinho do céu aqui. Quanto mais fazemos isso, mais perto ficamos de casa. Da nossa verdadeira casa."

A saudade é grande Lidiane, você sabe a dor que carrega. Mas lute para trazer um pedacinho do céu para sua vida. Seja Deus para outros... outras crianças, outros que sentem dor... e isso vai te deixar mais pertinho do teu Pedrinho. Respirando o mesmo amor que ele agora respira.
Sinta meu abraço... e um pouquinho do céu que agora te envio. Amém.

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