Eu não quero usar isso mãe!



Minha princesinha linda é cheia de opinião.
"Eu gosto disso, não quero aquilo. Isso não combina!"
E ela estava decidida a não usar meias! Coisa simples, mas que para um pai/mãe menos paciente e decidido a ser obedecido a todo custo, poderia ser motivo de grande conflito.

"Como assim? Meu filho não TEM que me obedecer? Sou eu quem manda aqui!!!"

Isso depende de dois fatores:
Que tipo de filho você quer criar para o mundo.
Quais são suas prioridades na vida.

Quero filhos que saibam escolher e que tenham opinião.
E minha prioridade é que eles sejam bons, gentis com o próximo e com eles mesmos.

Existem ordens que passam apenas pelo querer e raiva pessoal. Uma necessidade mal resolvida de ser obedecido. Você está frustado e precisa de alguém que esteja abaixo, para que você sinta que esta acima.
E ordens que são limites de amor que você oferece de coração aberto ao seu filho.

Quando íamos sair, eu dizia: "Joana, calça as meias." Ela retrucava dizendo que sentia calor nos pés. Ou que as meias incomodavam.
Comprei meias mais bonitas e confortáveis. Talvez estivessem mesmo apertadas as outras.
Ainda assim, ela não gostava de usar. Colocava e começava a chorar irritada. Dizia que lhe faziam mal aos pés.

Qual era minha preocupação? Que ela estivesse bem, certo? Não estava preocupada com minha autoridade. Eu sei quem sou e sei que ela me respeita. Eu podia dizer: "Eu estou mandando, se você não calçar não vamos ao parquinho". Mas preferi respeitar a escolha dela. Mesmo eu sabendo que ela estava errada.

Até que... ela andando com tênis, sem meias, fez bolhas nos pés, e agora não quer mais andar sem meias.
Ensinamos a escolher, ensinamos a aprenderem com próprios erros, e intervimos com autoridade respeitosa, quando REALMENTE é preciso.

Não conta pra ninguém!!



A maior prisão que existe, é a que criamos para nós mesmos. E um segredo aprisiona.

Porque não podem saber? O que acontece se todos descobrirem? E se aquela pessoa contar oque sabe?

Se sabemos que segredos fazem mal, porque ensinar a não contar?

São pequenas situações do dia a dia. " não conte para seu pai", " fulano não pode saber" , " não deixa o Pedro ver esse chocolate".

De um lado, ensinamos que preferimos a verdade, "Me magoe com a verdade, mas não me iluda com uma mentira", e por outro lado, digo que deve esconder o chocolate para o Pedro não ficar triste. (sim, eu fiz isso).
E o pior, ele viu e não quis comer. Mas eu em esta pequena coisa, ensinei minha filha a enganar.

Na mesma hora, sentei com Joana e conversamos sobre isso. Eu disse:..."de agora em diante, não escondemos nada de ninguém nunca."

Não podem saber que eu fiz? Então devo avaliar: Preciso fazer? Sou capaz de aguentar as consequências quando descobrirem?



"Eu sei Joana, que existem coisas que não devem ser vistas... intimidades. Mas a verdade é que 'não deve', é diferente de 'não pode'.
As pessoas sabem que eu faço o número 2 no banheiro. Não devem ver, não seria agradável se vissem. Mas e se virem, vou me sentir errada, culpada? Não.  Esta é a diferença." 

Com isso protejo minha filha... Nunca me esqueço de uma publicidade em que a Eliana (apresentadora infantil) dizia: " se drogas é tão bom, porque você não pode contar para seu pai e sua mãe?"  Drogas, violações, abusos, roubos...muitas coisas horríveis. 

De hoje em diante contamos e mostramos sempre tudo. Se não puder ser assim...não fazemos.

Ponho ou não na creche?


Que culpa a gente sente por deixar na creche... Meu DEUS!! 😣
Antigamente tínhamos famílias inteiras que cuidavam um pouco uns dos outros. Ninguém limpava casa, cuidava dos filhos, ganhava dinheiro ao mesmo tempo e SOZINHA!

Hoje, estamos mais isoladas e por mais que custe colocar aos cuidados de uma creche, é importante que a mãe possa amparar sua família com tempo para respirar, um pouquinho que seja.

Se os avós estão por perto, disponíveis e são pessoas "equilibradas, de bom senso", eles são o ideal até os 3 ou 4 anos da criança.
Se não, força mamãs 💪🏾💪🏾💪🏾, "deixe" o mínimo de tempo necessário, cuide de si, do seu bolso, da sua família, aproveite um pouco para respirar e até mesmo dormir (sabe-se lá como tem sido suas noites com bebê em casa).
Stephanie Matos, a mãe de 3 que sente culpa de tomar um cafézinho em silêncio.

Relacionamento abusivo!


Muitas pessoas são vítimas de relacionamentos abusivo. Nem sempre dentro de casa, nem sempre por alguém tão próximo. Mas o mal está lá e pode destruir muitos sonhos e aprisionar sua vida de uma forma inexplicável.



"A quem muito é dado, muito é exigido"


Volta e meia me pego olhando esta foto. Tenho 3 ou 4 de toda minha infância...
Lembro do exato momento em que colocaram aquele laço no meu cabelo. Lembro do meu silêncio, de haver luzes vindas de um guarda chuva preto, e que o fotografo mandou sentar de lado e virar a cabeça para frente.
Eu tinha o que? 4, 5 anos? ano 87, 88?
Tenho memórias tão nítidas da minha infância, e isso me faz pensar no tipo de lembranças que meu filhos hão de ter.
Que eu erro e vou errar muitas vezes é um fato consumado. Estou em paz com isso... Nem que eu quisesse ser "A Perfeitinha", não dá! Tenho defeitos amais, sou prática demais, sou uma camaleônica lutando para ser constante...mas me policio. Quero que meus filhos tenham a infância mais normal possível.
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Eu sei o contributo que dou na formação de carácter de cada um deles. Eu penso nisso o tempo todo!!!! "A quem muito é dado, muito é exigido".
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Parece memória de um filme que assisti. "A menina obedeceu, sentou de lado, inclinou a cabeça e deu esse fantástico sorriso forçado, porque alguém disse... 'Sorria para Foto'!  Voltou para casa e assistiu na TV com sua amada irmã, ao fim da tarde, o programa da Mara Maravilha."

Amor nunca acaba.



Minhas relíquias... memórias com mais de 30 anos aqui guardadas. Eu não guardo tudo! Já me mudei tantas vezes, só nos últimos 10 anos foram 9 casas diferentes. Vivi em 4 países, minha vida é nômade, saí de casa aos 16, mas tenho meus valores bem definidos.

Uma parte difícil do "meu" autismo/aspie, é que sinto pelas pessoas o mesmo, não importa o quanto tempo fique distante. Se um dia te amei, continuo a amar para sempre. Não me esqueço dos dias em que você faz aniversário, rio sozinha de conversas divertidas que tivemos, comento sobre você como se conversássemos diariamente. O chato é que, como não envio nenhuma mensagem, nenhum “feliz Natal”, ninguém sabe o quanto ainda as tenho presente em mim. E se por um acaso, volto a falar, empolgada e feliz com a tal pessoa com quem não tenho contacto há uns 20 e tal anos, “curiosamente” o carinho não é recíproco.

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