Ele não quer ficar na cadeirinha de comer


Minha Joana sempre comeu bem, mas o Pedrinho, que até era comilão, agora anda enrolando para comer. Ele está com 1 ano e 1 mês.

Cada filho é diferente, e na ausência de um manual eficaz e que ele queira obedecer (risos) eu tenho que improvisar. Afinal de contas, o menino precisa se alimentar.

Eu adoro todos a mesa, comendo felizes e em paz. Bem comercial de margarina. Mas o Pedrinho agora já não quer ficar na cadeirinha dele, quer estar no meu colo e não quer comer ao mesmo tempo que a gente.

E o que eu faço? Pego ele no colo e como descansada, com ele no meu colo. Não consigo comer com garfo e faca, talvez menos elegante à mesa...mas comemos em paz sem gritos e choros.


E o Pedro não come? Come! Como??
Vou lhe deixando bocados de comida na mão... vou oferecendo colheradinhas. Umas ele recusa outras ele aceita. E assim vai.
Depois de eu comer, vou a janela com ele ao colo, e conversando e mostrando os passarinhos eu vou lhe dando outras colheradas.

O ideal é ter o prato deles sempre composto com a quantidade certa que deve comer, e ir servindo desta medida. Para ter uma noção de quanto ele come.
Sempre comidas fáceis...já escrevi bastante sobre isso. Deixo o link.
Convém ir oferecendo água, ou um suquinho natural que complemente a nutrição (Meu Pedro gosta de limonada). Porque por sede eles podem não querer comer mais uma colherada.

E sempre, eu tenho que comer. Porque é meu exemplo a mesa que vai ser seu ponto de referencia sobre refeição.

Mas ele vai ficar mal habituado? Não. Mau habito é gritar, brigar e chorar na hora da comida. Comer sorrindo, passeando pela casa, nunca fez mal a ninguém.

Ensinar meu filho a ser feliz?


Andamos em um terrorismo psicológico em busca da felicidade.
Passear, estar nas festas...ter amigos e rir alto.
Impondo que quem não é visto não é notado e quem não é notado é o desgraçado.

O problema é que como vivemos, educamos nosso filhos.

Ensinam que eles tem que ter muitos amiguinhos, que sair é que é divertido, e que sempre temos que fazer alguma coisa espetacular e diferente para o dia ser bom.
Que comer fora é mais divertido que em casa, que ficar em um hotel é melhor... que tantas coisas.

Em resumo... estamos impondo uma obrigação de ser feliz. Confundindo empolgação, euforia pela novidade, com felicidade.
Brinquedos caros e pompósos, sendo mais valorizados que a boa e velha amarelinha(macaca).

É claro que podemos fazer tudo e mais alguma coisa... dar aos nossos filhos tudo que pudermos e quisermos. Mas TEMOS que valorizar todos os momentos.
Já escrevi um texto sobre isso... não fazer nada faz bem.

Aproveite os momentos de tédio, as brincadeiras sem brinquedos, os momentos em casa. Seja grato por esse momento e ensine esta gratidão. Se ser feliz pode ser ensinado, essa é a lição que quero que meus filhos aprendam. Ser grato por tudo é o que nos faz feliz.

Meu Pedrinho crescendo. 1 ano de idade.


Deixe a criança fazer sozinha!



É um texto desabafo...confesso.
Estive hoje em uma escola/creche observando crianças brincando no pátio, crianças entre os 3 e os 5 anos.
Durante 1 hora apenas ouvi NÃO!
"Não pule assim, não brinque assim, não corra assim, não fique aí quieto, não chore, não não não. Vem aqui que estou mandando, sai daí agora..."

Em meio a isso, um menino com 3 anos deu língua a educadora", e sorrindo, ela levou-o pela mão carinhosamente e colocou de castigo numa sala e fechou a porta. Entrou uma cuidadora/faxineira para ficar com o menino na sala enquanto ele gritava pedindo para voltar a brincar no pátio.

Em resumo: EU APAVORADA!

Educar é simples, não é assim tão difícil. Porque complicar?
Nem brincando as crianças podem apenas brincar??

Nunca traia a confiança de uma criança. Não engane, não a humilhe, não minta.
Deixe a criança se expressar, deixe reclamar e mostre que você a entende, mas entenda..não finja! Empatia é isso: é conseguir sinceramente se colocar no lugar da outra pessoa e sentir como ela.

As tantas, perguntei... "porque você não os deixa brincar e apenas observa?"
E a resposta foi: "eles não sabem o que fazem."

Deixe a criança pular, brincar sozinha, sentar de costas no carrinho,chutar a bola com o nariz! Não há regras na brincadeira!!!! 

Não corte as asas. Esteja ali para amparar, mas deixe ela pelo menos tentar voar!
Deixe a criança ser capaz. Além de ser muito mais fácil e simples, é sem dúvida o melhor para todos.

Se ainda não viu...recomendo que assista esse vídeo sobre dizer não.


E se meu filho bater ou apanhar de outra criança?



A primeira coisa que nos vem a cabeça é: a criança bate porque aprendeu a bater em casa.
Mas não, isso não é verdade.
Nem sempre os filhos são um reflexo dos pais, ou do que eles vivem em casa.

Crianças tem um cérebro em desenvolvimento, um corpo individual, e nem sempre o meio influencia o comportamento.
Tudo em sua casa pode estar perfeitamente bem, e seu filho ter crises nervosas, gritar e até bater nos coleguinhas.
Eles fazem as próprias escolhas independente da opinião dos pais.

E o que fazer neste momento?
Sim, você deve fazer alguma coisa, bater é muito errado e seu filho precisa saber isso.

Bater não é normal, e não é "coisa de criança" ou uma "fase" que vai passar.

Toda atitude errada deve ser corrigida. Devemos sempre impedir a agressão, (sendo nosso filho vítima ou agressor) e afastar neste momento do meio onde estão.

Seu filho deve saber que apanhar não deve ser tolerado e você como responsável deve protege-lo, nunca ensine a bater de volta.Ensine a pedir socorro e por favor, socorra sempre. (Tal como queremos que uma autoridade nos proteja e por isso incentivamos a denuncia)

Se ele é o agressor?
Oriente, com respeito, explicando que bater não é bom, que o afasta dos amigos e que não deve ser feito, independente do motivo.

Não fale mal da criança que bateu em seu filho, nunca ofenda ou critique os pais, principalmente a frente dele. E muito menos no caso contrário.
Nunca trate a vítima como inferior ou diga que "mereceu" apanhar. Mesmo que você pense assim, isto é errado.

Violência não deve ser tolerada. Somos seres humanos e devemos ensinar nossos filhos a expressarem-se com palavras. As frustrações podem e devem gerar queixas e reclamações, e nunca pancadas.

Educamos para a vida toda, não apenas para a infância.

Birra no supermercado



Eu estava no supermercado com minha filha... quando vejo um menino começar a chorar. Ele deve ter entre 3 ou 4 anos, tal como a minha Joana.
Jogou-se ao chão e chorava aos gritos.

E a mãe? Fez exatamente o que eu faria...(e já tive que fazer).
Esperou o menino se acalmar. Não olhou para ninguém, não gritou, não tirou o menino do chão, não fez cara de má nem ignorou.

Parou e pacientemente, em pé, como estava antes, esperou.

Passado um infinito e longo minuto... o menino levantou a cabeça, ainda chorando olhou para mãe, e disse qualquer coisa.

A mãe, com uma cara tranquila, sem desdém, deboche ou cara de raiva, disse alguma coisa, calmamente. E agachou.
Estendeu a mão, e o filho sentou-se em seu colo, ainda agachada.
Ela o abraçou, secou-lhe as lágrimas enquanto conversavam... em menos de um minuto, levantaram-se, e de mãos dadas foram embora.

O que eu vi?
Uma mãe simples, amável e priorizando o filho.
O que eu pensei sobre ela? Que ela ama e é educada.
O que eles conversaram? Não faço ideia! (risos)

Nem sempre é o que aconteceu que escandaliza e envergonha. Na maioria das vezes, é como reagimos que estraga tudo.
Amor e calma sempre ficam bem.

Recomendo que leia o marcador Birra... :) 

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